Fim de tarde. Um fogo na lareira, um mate feito a capricho, chocolate meio amargo... tudo ia bem. Até o vento começar a rebojar fumaça pra dentro. Foram usados todos os recursos: o fogo foi empurrado mais profundo, o registro da lareira foi usado de todos os jeitos (bem aberto, semi-aberto, bem fechado, meio termo). Quando parecia que tudo estava resolvido, uma rajada de vento enchia a sala de fumaça.
"A esperança é a última que morre", dizia a minhoca na boca do lambari. O pensamento era positivo. "O fogo vai se ajeitar. Quando se ajeitar, a fumaça vai acalmar." Então me sentei no sofá, com os olhos meio turvos e servi um chimarrão. Quebrei um pedaço do chocolate meio amargo e saboreei os dois, ao mesmo tempo. Fechava os olhos - não para concentrar no sabor, mas pra me proteger da fumaça.
Uma nova rajada de vento trouxe mais fumaça pra sala, que recém começava a esquentar. Tive de abrir as portas e janelas pra fumaça sair. Voltei ao sofá. "Agora vai!". E foi. O vento deu um tempo - curtíssimo. Mais vento, mais fumaça. Neste instante, enchia mais uma cuia de chimarrão. A raiva foi tanta, que acabei queimando a mão com a água quente.
"Agora chega!". Enchi uma jarra d'água e acabei com as labaredas. Sem fogo, sem fumaça. Me enganei mais uma vez. Mesmo sem fogo, a casa estava cada vez mais defumada. A solução foi molhar uma toalha e jogar na lareira. Resolveu! Sem fumaça... Chegou a dar dor de cabeça.
Porém a raiva e o cheiro me impediam de ficar em casa. Propus uma bóia na casa de um amigo. Quem sabe boas risadas pudessem amenizar o stress daquele fim de tarde terrível. Antes, tive que comentar com ele sobre o desastre da fumaça. "Tche, nem te conto. Fui fazer um fogo e não deu certo. Enchi a casa de fumaça." Sabe o que ele disse? Exatamente a mesma coisa - e ainda completou dizendo: "Aqui também. Eu atirei água na lareira."
Antes de nada, quero dizer tudo, o Urgel é loko viu gente!! ahshausha massa o blog cabeludo! falow
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