sábado, 19 de março de 2011

HISTÓRIAS, PECULIARIDADES E DESASTRES DA VIDA DE REPÓRTER (I)

Numa tarde abafada de sexta-feira, me desloquei até a Paróquia para entrevistar o Padre Jolimar. Ele foi o responsável por uma campanha de arrecadação para vítimas da enchente da cidade de São Lourenço. Deixei o carro estacionado há 20 metros dali e sai de peito inflado em busca do pároco.

Em frente a Casa dos Padres, o movimento já era grande. Um caminhão com mais de 700kg em doações esperava a benção para seguir para São Lourenço. Muita gente em volta - entre as pessoas,  dona Gilda (velha conhecida, amiga da minha madrinha).

Ela me chamou e eu subi quatro degraus para cumprimentá-la, pois ela estava de braços abertos, como se estivesse me chamando. "Olá, Dona Gilda! Tudo bem?" Ao chegar perto dessa gentil senhora, percebi que aquilo não era apenas um cumprimento, mas um aviso. Em forma de sussurro, bem próximo ao meu ouvido, ela me respondeu:

"Tudo bem sim, mas o teu zíper tá aberto!"